Estiagem faz governo acionar usinas termoelétricas em Rondônia
Redação - Jornal 12 Horas 5 de outubro de 2023 0 COMMENTS
O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) tomou uma decisão crucial em sua reunião realizada em Brasília na quarta-feira (04/10). Devido à severa seca que assola a Região Norte do Brasil, o CMSE optou por acionar as usinas termelétricas Termonorte I e Termonorte II, localizadas em Porto Velho, para garantir o suprimento de energia em Rondônia e no Acre.
A situação crítica é resultado da forte escassez de chuvas na bacia Amazônica, o que levou à paralisação temporária da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio, no Rio Madeira, em Rondônia. Os níveis de vazão do rio estão 50% abaixo da média histórica, conforme informado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
O CMSE também sugeriu à Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) que reconheça a situação de escassez hídrica na Bacia do Rio Madeira. Além disso, em conformidade com a recomendação do ONS, o CMSE reconheceu a importância das usinas termelétricas Termonorte I e Termonorte II para garantir o fornecimento de energia nos estados do Acre e Rondônia.
Em resposta à crise, o Ministério de Minas e Energia (MME) foi solicitado a coordenar estudos para avaliar a resiliência do sistema elétrico na região, visando assegurar o atendimento em futuros cenários de escassez hídrica e cheias extraordinárias na bacia do Rio Madeira. Isso inclui a possível expansão do sistema de geração de energia.
Além disso, o CMSE abordou a situação de Roraima, que está desconectada do Sistema Interligado Nacional (SIN), e aprovou uma revisão do Plano de Substituição do Parque Gerador do estado para garantir o atendimento à carga e à demanda máxima. Enquanto isso, o governo federal anunciou medidas de auxílio às prefeituras e ao governo do Amazonas, que enfrenta uma emergência devido à seca extrema que afeta cerca de 500 mil pessoas em toda a região. As mudanças climáticas, incluindo o El Niño e o aquecimento do Atlântico Tropical Norte, são apontadas como fatores desencadeantes dessa crise energética na Amazônia, com impactos significativos em todo o país. O CMSE observou também recordes de temperatura e demanda, com projeções de despacho termelétrico para garantir o suprimento até março de 2024.
*Com informações do Portal da Marcela Rosa