Oposição e bancada do prefeito David Almeida trocam farpas durante sessão plenária na Câmara
Redação - Jornal 12 Horas 25 de abril de 2024 0 COMMENTSCom as eleições municipais se aproximando, os nervos estão a flor da pele dentro da Câmara Municipal de Manaus (CMM). Mais uma vez, bancada do prefeito David Almeida e oposição entraram em atrito. A troca de farpas, dessa vez, foi entre o vereador da bancada Gilmar Nascimento (Avante) e o vereador da oposição, Rodrigo Guedes (Progressistas).
Durante fala na Casa Municipal, Rodrigo Guedes declarou que o prefeito de Manaus é mentiroso, quando falou sobre o índice de reajuste do salário dos professores municipais.
“O prefeito disse ontem também que não se pode, neste ano eleitoral 2024, conceder ganhos reais aos servidores públicos municipais. Ou seja, não poderia conceder além da inflação. Mentira! Mais uma mentira. Eu não sei se é proposital ou ele é mal orientado. Mais uma mentira, porque simplesmente pode. Não há nada que proíba, com exceção dos 180 dias que antecedem o pleito eleitoral”, alertou Guedes.
Após a declaração da oposição, o vereador Gilmar Nascimento se viu na obrigação de defender o prefeito. O parlamentar solicitou que o presidente da Casa, Caio André, retirasse das notas as palavras de Guedes, afirmando que o mesmo violou o artigo 105, inciso 7.
“De repente, eu ouvi na fala do vereador Rodrigo Guedes, quando ele falou que o prefeito é mentiroso, eu queria pedir, senhor presidente, para retirar das notas dessa Casa as palavras do vereador Rodrigo Guedes quando ele se referiu ao prefeito como mentiroso. Na realidade, viola aí o artigo 105, inciso 7. Peço providências da Mesa em relação a isso, das palavras do vereador Rodrigo Guedes. Porque eu digo isso? Porque não podemos ficar aqui injuriando, caluniando. O prefeito é eleito pela cidade de Manaus e nós somos vereadores. Quando você chama alguém de mentiroso, você está ofendendo, agredindo e sendo descortês”, rebateu a defesa de David Almeida.
Rebatendo a fala de Gilmar, Guedes disse que só quem pode lhe julgar é a Procuradoria da Casa Legislativa e a Câmara, já que o termo usado não foi ofensivo, e sim revelou um fato.
“Então, se o prefeito se sentiu ofendido, ele que entre na Justiça. Não cabe a Câmara ficar dizendo o que eu tenho que falar ou não. Eu não o xinguei, eu não o ofendi. Eu falei que ele falou uma série de inverdades, uma série de mentiras. Se for o caso, a gente faz a ‘CPI da Mentira’ aqui. Pegamos todas as declarações do prefeito e a gente vê se ele pode comprovar essa série de declarações, que não correspondem à realidade. Então, não cabe aqui um vereador ficar tentando cercear a palavra de outro vereador. Inclusive, senhor presidente, eu peço que a Câmara tome realmente medidas, porque tudo que eu falo aqui, agora tentam tirar dos registros da Câmara”, reclamou Guedes.